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Desporto Aventura - Escalada

Nas últimas décadas, temos assistido ao aparecimento de novas actividades desportivas. Estas actividades, denominadas de “radicais”, são na realidade actividades de aventura onde o principal objectivo é a ocupação do tempo livre através do contacto com a natureza e da prática de actividade física.
            A escalada é uma actividade cuja progressão exige, pelas características do terreno (vertical), a utilização de quatro pontos de apoio (mãos e pés). A dificuldade do caminho por onde o escalador faz a sua progressão (via) é condicionada por factores externos, tais como a inclinação do percurso, o número de apoios (presas), a altitude, as condições meteorológicas, o tipo de rocha. (Winter, 2000)

·         Tipos de Escalada

Escalada desportiva
É um tipo de escalada praticada tanto em rocha como em Estruturas Artificiais de Escalada (EAE) em que a sua altura varia entre vinte e sessenta metros de altura sob condições controladas de segurança.

Escalada Desportiva Indoor
Trata-se da simulação de uma escalada em rocha, em que a diferença é que o escalador sobe paredes preparadas com agarras, que simulam pedaços de pedra. Estas paredes podem ser muros de tijolos, com as agarras artificiais fixadas com buchas e parafusos, bem como estruturas de madeira compensada, montadas de forma a simular situações encontradas nas rochas naturais, como desníveis, inclinação negativa (mais que 90 graus), tectos, obstáculos, etc. Como as condições são controladas, este tipo de escalada oferece riscos mais pequenos e uma maior facilidade na prática.

Escalada artificial
É a escalada “pura” e é semelhante a escalar à frente. São escalados itinerários que não são possíveis de realizar de forma livre, sendo necessário recorrer a equipamento e técnicas específicas de progressão.

Escalada Clássica
A escalada clássica privilegia os ambientes naturais e a aventura e consiste na ascensão de vias desequipadas ou semi-equipadas, providas de pontos intermédios de protecção para se poder progredir em segurança.

Escalada em Grandes Paredes (Big-Wall)
Escalada efectuada em paredes de grande dimensão que tem uma duração que pode chegar a vários dias, exigindo que o grupo tenha que dormir ancorado nas paredes, utilizando tendas especiais para o efeito.

Escalada Alpina
A escalada designa-se de alpina quando se encontram paredes de difícil acesso, em regiões de neve e gelo, com um clima hostil e um terreno perigoso.

Escalada em Blocos
Este tipo de escalada realiza-se em pequenos blocos de rocha ou em EAE onde não é necessária corda para realizar a segurança do praticante devido à proximidade do solo (3 m a 5 m). A queda é protegida pela utilização de um colchão de quedas


A escalada, tem vindo a crescer em número de praticantes e como actividade física permite explorar e desenvolver as nossas capacidades físicas e vencer barreiras psicológicas.
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Os jovens estão cada vez mais inactivos!

“Um estudo nacional sobre obesidade infanto-juvenil revelou indicadores de excesso de peso e obesidade em 31 por cento das 5.708 crianças e adolescentes analisadas. A dietista Joana Sousa, autora de um estudo nacional sobre obesidade infanto-juvenil, defende que devem ser tomadas medidas duras ao nível da publicidade alimentar e da alimentação nas escolas para combater o problema. Um estudo nacional sobre obesidade infanto-juvenil revelou indicadores de excesso de peso e obesidade em 31 por cento das 5.708 crianças e adolescentes analisadas. (…) A epidemia da Obesidade Pediátrica é um flagelo que afecta em todo o mundo 155 milhões de crianças em idade escolar. (…) Relativamente à publicidade, Joana Sousa referiu que há cada vez maior variedade de publicidade alimentar dirigida às crianças com alimentos que criam maus hábitos. Por outro lado, adiantou, estes valores de obesidade infantil encontrados estão também relacionados com o pouco gasto energético. As crianças, disse, praticam cada vez menos exercício e deve haver um incentivo para a prática de actividade física.”          

Os números de obesidade infanto-juvenil começam a ser alarmantes e a principal causa deste facto, além da má alimentação, é o sedentarismo (ausência ou diminuição de actividade física diária). O sedentarismo é, hoje, o maior factor de risco comunitário para a saúde em Portugal, sendo que a sua diminuição será um contributo significativo para evitar doenças e aumentar a qualidade de vida. Este aumento do sedentarismo tem contribuído para que, também, as crianças e jovens estejam com mais excesso de peso e obesos do que nunca. Muitos factores contribuem para esta realidade, entre eles, destacam-se a falta de tempo e motivação, apoio insuficiente e falta de orientação dos adultos, sentimentos de vergonha ou incapacidade, falta de locais seguros e atractivos, e a simples ausência de conhecimento das vantagens e benefícios de ser activo. Se em outros tempos as brincadeiras de eleição eram a apanhada, as escondidas, jogar à bola, saltar à corda, o jogo do elástico, entre outros, hoje em dia as crianças e jovens passam um tempo considerável em frente à televisão ou ao computador, deixando de sair para actividades colectivas com os vizinhos da mesma idade e os amigos. É de salientar que essas brincadeiras de "outros tempos" promoviam aquisições motoras, cognitivas e sócio-afectivas de grande importância.

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Benefícios da Educação Física

Nos dias que correm deparamo-nos com um elevado nível de sedentarismo nas crianças e jovens. A educação física surge como uma ajuda essencial no combate a este problema, que anda de “braço dado” com a obesidade e outro tipo de doenças (diabetes, doenças cardiovasculares, etc). A aula de educação física não é apenas uma hora de lazer ou recreação, é uma aula como as outras, cheia de conhecimentos e com competências fundamentais a serem adquiridas. Não é só a saúde que está em “jogo”, a própria formação da personalidade passa pela educação física.
A educação física:
  • Melhora a força e a resistência para acções do dia-a-dia;
  • Permite a estruturação de laços mais fortes entre os alunos, uma vez que, por exemplo em desportos colectivos, há cooperação;
  • Ajuda na concentração, raciocinio e imaginação;
  • Todos os alunos participam e podem ser bem sucedidos, independentemente das suas capacidades;
  • Melhora o humor e a reacção a imprevistos;
  •  Ajuda a respeitar regras, tendo em conta que os jogos são regidos pelas mesmas;
  •  Promove o desenvolvimento da flexibilidade, da agilidade, do equilíbrio e do ritmo;
  • Inclui experiências de vários tipos de actividades: jogos, ginástica, atletismo, danças, exploração da natureza.

Em Portugal, 30% dos adolescentes já são considerados obesos. Se o seu filho pedir para faltar à aula de Educação Física, vai dizer que sim???
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O que é a educação física? ~ parte II

No geral, já todos chamámos à educação física de ginástica mas isso não é correcto, pois estamos perante uma prespectiva reducionista da educação física. A ginástica é simplesmente uma das áreas que deve compor o currículo da educação física. A confusão entre ambos os termos deve-se à importância da ginástica na história da educação física, uma vez que esta fez parte de tradições militaristas e disciplinares. Há mais termos que englobam a perspectiva reducionista da educação física, são eles:
  •  Animação desportiva: A educação física tem objectivos específicos de aprendizagem e de aperfeiçoamento que não se podem reduzir a uma simples animação centrada num determinado desporto.
  • Movimento: Movimento é um termo genérico, não basta existir movimento para ser educação física. A participação em situações educativas não se pode reduzir a uma experiência psicomotora.
  • Crescimento: O crescimento representa fenómenos, como por exemplo, o aumento da estrutura corporal. A educação física não estava a cumprir a sua função caso o educador apenas se centrasse no processo de crescimento.
  • Exercício: é uma condição fundamental para as aprendizagens, sem a qual não havia hipotse de consumar o processo. Os exercícios são meios operativos para promover adaptações sendo limitativo usar essa expressão para definir educação física.
  • Recreação: Apesar da educação física estar associada à satisfação nas necessidades lúdicas das crianças, não significa que seja a compensação das rotinas escolares. Não é o carácter lúdico de certas matérias que nega a seriedade da educação física. Por exemplo, jogar é uma forma priveligiada da criança compreender e dominar o valor das regras e da apreciação moral.
  • Psicomotricidade: é uma área teórica e metodológica diferente da educação física, mas o estudo das suas interpretações pode ser útil para o professor compreender a actuação e dificuldades dos alunos. A psicomotricidade procura a resolução de disturbios na relação entre o estado psicológico e as estruturas motoras.
  • Expressão corporal: está ligada ao teatro e à dança. Claro que a dimensão expressiva está presente na educação física mas não pode ser entendida em oposição ou negação da necessidade de aplicar as matérias
Adaptado de: "A educação Física no 1ºCiclo do Ensino Básico", DGEBS, 1982


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O que é a educação física? ~ parte I

Antes de mais, o que é a Educação?
A educação é um processo humano, uma vez que se baseia em relações inter-pessoais, exigindo comunicação. Além disso é intensional, de optimização (deve levar à autonomia), gradual (há especialização até ao objectivo), integral (intervimos em todas as inteligências) e temporal (nunca está concluida, estamos sempre a aprender).
A educação pode dividir-se em:
  • Educação escolar
  • Educação Extra-Escolar
Na educação escolar temos: o curriculo formal, que é um conjunto de experiencias e situaões de aprendizagem organizadas de forma lógica ao longo da passagem da criança/aluno pela escola. É tudo aquilo que se aprende dentro da sala de aula, variando de disciplina para disciplina, ou seja, é o conjunto de matérias que fazem parte de um curriculo de estudos. O professor ensina e posteriomente o aluno é avaliado; e temos o curriculo oculto, que consiste em todas as aprendizagens que não aprendem nas disciplinas, são adquiridas com os colegas e/ou amigos, e não são controladas nem avaliadas pelos professores.
No que toca à educação Extra-Escolar temos a escola paralela. A criança, à medida que cresce, passa por um processo de adaptação ao Mundo, em função de uma determinada cultura e forma de viver. A educação vai promover essa adaptação e o próprio desenvolvimento cultural da criança, e isso acontece em todas as sociedades, exista ou não escola. Desde tenra idade, muito antes de entrar para escola, a criança inicia o seu processo de aprendizagem através das relações que estabelece com as pessoas que a rodeiam. Aprende a falar, a andar, a brincar, a interagir com adultos e com outras crianças, a interiorizar valores culturais, etc..  Ou seja, a escola paralela consite no conjunto de influências educativas fora do contexto escolar. Trazem informações, conhecimentos e formação cultural, influenciadas pela família, pelos mass-media, pelos amigos, pelas actividades de tempos livres, etc..


A educação Física
É uma disciplina que faz parte do curriculo escolar de uma criança/aluno e tem 5 caracteristicas principais:
  • É uma proposta cultural de desenvolvimento;
  • É um compromisso social estabelecido na politica educativa concretizado nos planos curriculares e nos programas, no horário escolar, à existência de materiais e espaços proprios, e na responsabilidade pedagógica e reconhecido aos professores;
  • Promove o desenvolvimento harmonioso dos aluno, uma vez que as actividades físicas promovem o desenvolvimento da coordenação, da força, da resistência, da velocidade, da flexibilidade, da agilidade, do ritmo, do equilibrio, etc.;
  • Garante uma formação Eclética, ou seja, inclui experiência dos diferentes tipos de actividade fisica: jogos, ginástica, atletismo, dança, actividades de exploração da natureza;
  • Desenvolve todos os dominios da personalidade: motor, cognitivo, social, emocional e moral;
  • É um processo inclusivo em que ninguém é excluido por dificuldades ou aptidão insuficiente.
Adaptado de: "A educação Física no 1ºCiclo do Ensino Básico", DGEBS, 1982


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Certamente a melhor forma de começar é apresentando-me

Sou uma estudante universitária do 2º ano da Licenciatura em Educação Física e Desporto. Sempre quis ser professora, muito provavelmente por ter crescido numa família cheia de professores, e sinceramente não me imagino a exercer outro tipo de profissão. E Educação Física porquê? Sempre tive aptidão física e sempre estive envolvida em modalidades desportivas, no entanto, quando entrei na pré-adolescência tornei-me completamente inactiva e isso começou a ter repercussões, pois o peso subia descontroladamente e a auto-estima caiu a pico. Apesar de não ter chegado a obesidade, tenho a plena noção que se não tivesse sido consciencializada para a prática de actividade física esse teria sido o meu fim. A partir daí a actividade física passou a ser um estilo de vida, aliada a uma alimentação muito mais saudável. Infelizmente deparamo-nos com uma população cada vez mais sedentária e com problemas de excesso de peso (e associados a eles há tantas doenças!) e as crianças não “passam ao lado” deste problema. Arranjei assim uma combinação perfeita: ensinar e educar ao mesmo tempo que promovo a saúde e o desenvolvimento motor. É lindo e estou muito feliz por poder vir a desempenhar estas funções.
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